sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Melhor é o Fim


Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio - Eclesiastes 7.8

Considere o nosso Senhor e Salvador. Em seu princípio, Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens; foi um homem de dores, familiarizado com o sofrimento (ver Isaías 53.3). Você pode observar o fim? Nosso Senhor está assentado à direita de Deus, sabendo que todos os seus inimigos se tornarão o estrado de seus pés (ver Salmos 110.1). "Segundo ele é, também nós somos neste mundo" (1 João 4.17). Você tem de tomar a cruz, pois, se não o fizer, nunca receberá a coroa. Você tem de passar através da lama, pois, se não o fizer, nunca andará nas ruas de ouro. Anime-se, então, crente abatido. "Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio". Quão desprezível é a aparência da larva de um inseto. E o começo de uma vida. Todavia, se você observar posteriormente, aquele inseto com asas deslumbrantes estará brincando aos raios de sol, bebendo das flores, cheio de vida e felicidade. Esse é o fim. Aquele inseto é como você, até que seja envolvido na crisálida da morte. Mas, quando Cristo se manifestar, você será semelhante a Ele, porque O verá como Ele é (ver Salmos 17.15). O diamante de aparência rústica é colocado na roda do lapidário, que o corta em todos os lados. O diamante perde muito, muito do que parecia ser precioso para ele mesmo. O rei é coroado; o diadema é colocado na cabeça do monarca com o alegre som da trombeta. Um resplandecente raio brilha da pequena coroa, brilho que vem daquele exato diamante que tão recentemente foi em extremo afligido pelo lapidário. Você pode ousar se comparar a tal diamante, pois é um do povo de Deus; este é o tempo do processo de lapidação. A fé e a perseverança têm sua obra perfeita (ver Tiago 1.3,4), pois no dia em que a coroa for colocada na cabeça do "Rei eterno, imortal, invisível" (1 Timóteo 1.17), um brilho de glória resplandecerá de você. "Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos" (Malaquias 3.17). "Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio."

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Rasgai o Coração


Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes - Joel 2.13


O rasgar de vestes e outros sinais exteriores de emoção religiosa podem ser manifestados com facilidade e, freqüentemente, são hipócritas. Sentir o verdadeiro arrependimento é muito mais difícil e, conseqüentemente, muito menos comum. Os homens atenderão às mais diversas e minuciosas normas de cerimônias religiosas que são agradáveis à carne. Mas a verdadeira fé é bastante humilhante, perscrutadora e completa, e não atrai o gosto carnal dos homens. Alguns preferem algo mais ostentoso, superficial e mundano. Os ouvidos e olhos são satisfeitos, a presunção é alimentada, e a justiça própria é enaltecida. Todavia, eles estão enganados, porque, na hora da morte e no Dia do Juízo, a alma necessita de algo mais substancial do que cerimônias e rituais em que possa confiar. Oferecida sem um coração sincero, toda forma de adoração é um fingimento e uma zombaria descarada da majestade no céu. O rasgar do coração é uma obra realizada por Deus e experimentada com solenidade. E uma tristeza secreta experimentada pessoalmente, não como um ritual, e sim como uma obra profunda e constrangedora da alma, por parte do Espírito Santo, no coração de todo crente. Não é uma questão para ser meramente discutida e crida, mas para ser aguda e sensitivamente experimentada em cada filho do Deus vivo. O rasgar do coração é poderosamente humilhan¬te e completamente purificador do pecado; mas, depois, é doce¬mente preparatório para as consolações graciosas que espíritos orgulhosos não podem receber. É distintamente característico, pois pertence aos eleitos de Deus, e para os tais apenas. O ver¬sículo de hoje nos ordena a rasgar o coração, mas ele natural¬mente é tão duro quanto o mármore. Como, então, podemos fazer isto? Temos de levar nosso coração até ao Calvário. A voz de um Salvador quase morto rasgou as rochas naquela ocasião e continua tão poderosa agora como o foi naquele dia. O bendito Espírito Santo, faze-nos ouvir os clamores de morte do Senhor Jesus, e nosso coração será rasgado, à semelhança de homens que rasgavam suas vestes no dia de lamentação.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Devido Lugar do Temor


"Feliz o homem constante no temor de Deus" - Provérbios 28.14

O temor do Senhor é o começo e o fundamento de todo o verdadeiro cristianismo. Sem um solene temor e reverência para com Deus, não existe suporte para as mais brilhantes virtudes. Aquele cuja alma não adora o Senhor jamais viverá em santidade. Feliz é aquele que sente um intenso temor de fazer o que é errado. O temor santo manifesta-se antes de nos levar à atividade. O temor santo tem medo de envolver-se no erro, de negligenciar seus deveres e de cometer pecado. Teme as más companhias, as conversas frívolas e um comportamento censurável. O temor do Senhor não torna uma pessoa infeliz; pelo contrário, traz-lhe ao gozo da felicidade. O sentinela atento é mais feliz do que o soldado que dorme em seu posto. Aquele que vê antecipadamente o mal e deste escapa é mais feliz do que aquele que anda descuidado e perece. O temor do Senhor é uma graça sublime que leva o homem a um caminho especial, sobre o qual está escrito: "Ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele" (Is 35.9). O temor do Senhor em referência a qualquer forma de mal é um princípio que purifica e capacita o homem a preservar, por intermédio do Espírito Santo, as suas vestes imaculadas da contaminação do mundo. Neste sentido, "o homem constante no temor de Deus" se torna feliz. Salomão havia experimentado tanto o mundanismo quanto o temor santo: no primeiro, ele encontrou apenas vaidade; no segundo, felicidade. Não devemos repetir sua experiência, mas permaneçamos fiéis ao seu veredicto.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sem Pontes na Aflição


Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimar ás, nem a chama arderá em ti. - Isaías 43.2


Não existe nenhuma ponte. Temos de passar pelas águas e sentir a correnteza dos rios. A presença de Deus nas águas é melhor do que um barco a motor. Seremos provados, mas sairemos triunf antes, pois Jeová mesmo, que é mais poderoso do que as muitas águas, estará conosco. Ainda que em outras circunstâncias o Senhor se encontre afastado de seu povo, certamente estará com eles nos perigos e nas dificuldades. As tristezas da vida podem elevar-se a um nível extremamente alto, mas o Senhor é equivalente a qualquer circunstância. Os inimigos de Deus podem colocar diante de nós perigos criados por eles mesmos, tais como: perseguição, zombaria impiedosa, que assemelham-se a uma fornalha intensa. O que devemos fazer, então? Andaremos pelo fogo. Se Deus está conosco, não seremos queimados; não, nem mesmo o cheiro de fogo permanecerá sobre nós. Oh! que maravilhosa segurança desfruta o peregrino nascido do céu e a este destinado! As muitas águas não podem arrastá-lo, nem o fogo, queimá-lo. A tua presença, ó Senhor, é a proteção de teus santos diante dos muitos perigos da jornada. Pela fé, me entrego a Ti, e meu espírito entra em descanso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Os Cães Treinados da Adversidade


Perdas e adversidades são constantemente utilizadas pelo grande Pastor para trazer de volta ao lar suas ovelhas desgarradas: “Estando eles angustiados, cedo me buscarão” (Os 5.15).


À semelhança de cães treinados, tais circunstâncias conduzem as desgarradas de volta para o rebanho. Os leões não podem ser domados, enquanto estão sendo bem alimentados. A grande força deles têm de ser reduzida; assim, eles se submeterão às ordens do domador. Freqüentemente, o crente se torna obediente ao seu Senhor por meio de receber pão seco e trabalho árduo. Quando se tornam ricos e prósperos em seus bens, muitos crentes levantam imponentemente sua cabeça e falam com arrogância. Assim como Davi, eles bajulam a si mesmos, dizendo: “Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: Jamais serei abalado” (Sl 30.6). Quando o crente enriquece, está cercado de muitos amigos, desfruta de boa saúde e tem uma boa família, ele com freqüência permite que o Sr. Segurança Carnal se alimente à sua mesa. Então, se esse crente é um verdadeiro filho de Deus, existe uma vara que está sendo preparada para ele. Sua prosperidade se dissolverá como um sonho. Uma parte dos seus bens vai embora – quão rapidamente suas perdas entram em cena! Onde elas acabarão? Se, quando tais embaraços ocorrem, esse crente começa a sentir-se perturbado por seu afastamento do Senhor e retornar a Ele – essa atitude será um bendito sinal da vida divina. Benditas são as ondas que jogam o marinheiro sobre a rocha da salvação! As perdas nos negócios habitualmente são santificadas para enriquecer nossas almas. Se a alma eleita não vier ao Senhor na abundância, ela virá na escassez. Se falharmos em honrá-lo no auge da prosperidade, Ele permitirá que desçamos ao vale da pobreza. Apesar disso, não desanime, herdeiro da aflição, quando você for repreendido. Pelo contrário, reconheça a mão amável que o disciplina e afirme como o filho pródigo: “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai” (Lc 15.18).