quinta-feira, 28 de abril de 2011

Última Devocional de David Wilkerson...




última devocional de David Wilkerson postada no site de seu ministério, ontem, 27 de abril, quando o Senhor levou esse servo para si, falecido num acidente de carro. Autor do Livro " A Cruz e o Punhal"


Mas como ele mesmo escreveu nessa devocional: "Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente" O Senhor seja louvado!


Quando Todos Os Recursos Falham.
por David Wilkerson


Crer quando todos os recursos fracassam agrada muitíssimo a Deus e é altamente aceito por ele. Jesus disse a Tomé "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram." João 20:29 Bem aventurados os que crêem quando não existe evidência de uma resposta a sua oração. Bem aventurados aqueles que confiam mais além da esperança quando todos os meios fracassaram. Alguém chegou a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ser querido enfrenta a morte, e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre, porem, esse não aconteceu. É nesse momento quando as legiões de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e perguntas opressivas como "Onde está teu Deus? Você orou até não lhe restaram lágrimas, jejuou, permaneceu nas promessas e confiou" Pensamentos blasfemos penetraram em sua mente: "A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar a Deus, porem não confiarei Nele nunca mais. Não vale a pena!" Até mesmo perguntas sobre a existência de Deus acometem sua mente! Tudo isso foi dispositivos que Satanás empregou durante séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todas as eras viveram tais ataques demoníacos. Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam essas palavras: O pranto durará algumas tenebrosas e terríveis noites, mas em meio a essa escuridão logo se ouvirá o sussurro do Pai: "Eu estou contigo. Nesse momento não posso lhe dizer por que, mas um dia tudo terá sentido. Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente. Não foi um fracasso da tua parte. Agarre-se com força. Deixe Eu te abraçar nessa hora de dor" Amado, Deus nunca deixou de atuar em bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece: Aferre-se a sua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança nesse mundo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Você Oraria Assim?



Também da soberba guarda o teu servo.(Salmos 19.13)

Esta foi a oração de Davi, o homem segundo o coração de Deus (ver Atos 13.22). Se Davi precisou orar desta maneira, nós, bebês na graça divina, temos de orar muito mais! Era como se Davi estivesse dizendo: "Guarda-me ou correrei apressada e impetuosamente para o precipício do pecado". Nossa natureza má, à semelhança de um cavalo mal dominado, é tentada a afastar-se rapidamente do caminho. Que a graça coloque em nós as rédeas, para que não nos precipitemos no engano. Não é agradável imaginar o que os melhores de nós poderíamos fazer, se não houvesse os limites que o Senhor nos outorga em sua providência e em sua graça! Mesmo as pessoas mais santas precisam ser guardadas das mais vis transgressões. O apóstolo advertiu solenemente os santos contra os mais repugnantes pecados. "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria" (Colossenses 3.5). Certamente você tropeçará, se deixar de olhar para Aquele que é capaz de guardá-lo de cair no pecado. Se o seu amor é intenso, a sua fé, constante, a sua esperança, brilhante, não diga: "Eu nunca pecarei"; pelo contrário, você deve clamar: "Não nos deixe cair em tentação". Existe muitas faíscas no coração dos melhores dos homens, faíscas capazes de acender um fogo que arde até ao inferno, a menos que Deus apague as chamas, quando esses homens caírem. Hazael disse: "Que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas?" (2 Reis 8.13.) Somos inclinados a fazer esta mesma pergunta cheia de justiça própria. Que a infinita sabedoria nos cure da tolice da autoconfiança.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu sou a tua salvação



Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação. (Salmos 35.3)


Esta agradável oração será a minha súplica de hoje; porém, primeiramente ela deve instruir-me. Davi teve as suas dúvidas. Por que ele haveria de orar: "Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação", se não estava experimentando dúvidas e temores? Preciso sentir-me encorajado, porque eu não sou o único crente que se queixa de falta de fé. Se Davi teve dúvidas, não preciso chegar à conclusão de que não sou crente, visto que também tenho dúvidas. Davi não ficou contente enquanto teve dúvidas e temores. Em vez disso, ele se dirigiu imediatamente ao trono de misericórdia para suplicar a segurança que ele valorizava mais do que o ouro. Eu também preciso buscar um senso permanente de minha aceitação no Amado. Não tenho qualquer alegria quando o amor de Cristo não está transbordando em minha alma. Davi sabia onde poderia obter segurança completa. Ele se dirigiu ao seu Deus através da oração, clamando: "Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação". Tenho de permanecer sozinho com Deus, se desejo ter um senso evidente do amor de Jesus. Se minhas orações cessarem, meus olhos da fé se tornarão obscuros. Davi não ficaria satisfeito enquanto a sua segurança não tivesse uma origem divina. "Dize à minha alma." Nada menos do que um testemunho divino na alma satisfará o verdadeiro crente. Além disso, Davi não poderia descansar, a menos que sua segurança tivesse uma personalidade vívida ao seu redor. "Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação." Senhor, ainda que tenhas dito isto para todos os crentes, estas palavras não significam nada, a menos que as digas para mim. Senhor, eu tenho pecado. Nem mesmo ouso pedir-Te, mas dize à minha alma: "Eu sou a tua salvação". Faze-me possuir um indiscutível, infalível e pessoal senso de que eu sou teu e de que tu és meu.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os Eleitos de Deus



Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus ? - Romanos 8.33


Que desafio bendito! Quão incontestável ele é! Todos os pecados do crente foram lançados sobre o grande Campeão de nossa salvação e, por meio da expiação, foram removidos. Não existe qualquer pecado registrado no Livro de Deus contra o seu povo; eles estão justificados em Cristo para sempre. Quando a culpa do pecado foi retirada, o seu castigo também foi cancelado. Para o crente, não existe mais qualquer punição da parte da mão vingativa de Deus, nem mesmo um simples semblante carrancudo de juízo. O crente pode ser disciplinado por seu Pai, mas Deus, o Juiz, não tem nada a dizer ao crente, exceto: "Você está absolvido, está inocentado". O crente está completamente livre de toda a culpa e condenação do pecado. O poder do pecado também é removido. Ele pode permanecer em nosso caminho e nos inquietar com uma luta constante. O pecado, porém, é um inimigo vencido para toda alma que está unida com Jesus. Não existe pecado que o crente não possa vencer, se apenas confiar em Deus para obter a vitória. Aqueles que no céu estão vestidos de roupas brancas venceram por meio do sangue do Cordeiro e da palavra do seu testemunho (Apocalipse 12.11). Também podemos fazer isso. Nenhuma concupiscência é tão poderosa e nenhum pecado, tão entrincheirado, que não possam ser vencidos. Podemos conquistá-los pelo poder de Cristo. Crente, o seu pecado é algo condenado. Ele pode se debater e lutar, mas está condenado a morrer. Deus escreveu a sentença na fronte do pecado. Cristo o crucificou, cravando-o na cruz. Destrua o pecado agora, e o Senhor o ajudará a viver para o seu louvor. Por fim, o pecado desaparecerá com toda a sua culpa, vergonha e temor.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quando Deus Libera seu Juízo



Então os céus serão enrolados como um rolo de pergaminho e passarão com grande ruído; eles fugirão da face daquEle que se assenta no trono, e não haverá lugar para eles. O mesmo modo de extinção dos céus nos é revelado pelo apóstolo Pedro: "O Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão" (2 Pe 3.12). Toda construção será subvertida por aquele elemento furioso, a ligação de todas as suas partes será destruída e todo átomo será rompido à parte dos outros. Pelo mesmo processo, "a terra c as obras que nela há se queimarão" (2 Pe 3-10). As grandiosas obras da natureza, os montes perpétuos, as montanhas que desafiaram a fúria do tempo e mantiveram-se impassíveis por tantos milhares de anos, desmoronarão em mina abrasadora. Quanto menos as obras de arte, embora de tipo mais durável, o esforço extremo da indústria humana, tumbas, pilares, arcos triunfais, castelos, pirâmides, poderão resistir ao conquistador flamejante! Tudo, tudo morrerá, perecerá, desaparecerá como um sonho do qual alguém desperta! Alguns grandes e bons homens imaginaram que assim como se exige o mesmo Poder Todo-poderoso para aniquilar as coisas quanto para criar, falar dentro ou fora do nada, assim nenhuma parte de um átomo no universo será total ou finalmente destruída. Antes, eles supõem que a última operação do fogo, que já observamos, é reduzir em vidro o que, por uma força menor, tinha sido reduzido a cinzas. Assim, no dia que Deus ordenou, toda a terra, se não os céus materiais também, sofrerão esta mudança, depois da qual o fogo não pode ter mais poder sobre os resíduos. Eles reputam que isto está insinuado pela expressão na revelação feita ao apóstolo João: "E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal" (Ap 4.6). Por ora, não podemos afirmar ou negar tal idéia, mas saberemos mais adiante. Se é inquirido por zombadores, por filósofos insignificantes, tomo estas coisas podem ser? De onde viria tamanha quantidade de fogo que consumiria os céus e toda a terra? Primeiramente, nós os lembraríamos que esta dificuldade não é peculiar ao sistema cristão. A mesma opinião é quase universalmente mantida entre os pagãos tolerantes. Mas, em segundo lugar, é fácil responder, mesmo com nosso conhecimento pequeno e superficial das coisas naturais, que há depósitos abundantes de fogo prontamente preparados e armazenados para o Dia do Senhor. Quão rápido um cometa, comissionado por Ele, pode deslocar-se das regiões mais distantes do universo? E se ele se dirigisse à terra em seu retorno do sol, quando é algumas milhares de vezes mais quente que uma bala de canhão incandescente, quem não perceberia qual seria a conseqüência imediata? Mas para não irmos tão alto quanto aos céus etéreos, não poderiam os mesmos raios que dão brilho ao mundo, se ordenados pelo Senhor da natureza, trazer ruína e destruição absolutas? Ou para não irmos mais longe que o próprio globo, quem sabe que enormes reservatórios de fogo líquido estão contidos, de século em século, nas entranhas da terra? Etna, Hecla, Vesúvio e todos os outros vulcões que arrojam chamas e brasas de fogo; que são eles senão as provas e bocas dessas fornalhas ardentes, e ao mesmo tempo as provas de que Deus tem em prontidão meios para cumprir sua palavra? Se observássemos não mais que a superfície da terra e as coisas que nos cercam por todos os lados, é muito certo (como milhares de experiências provam, além da possibilidade de negação) que nós, nós mesmos, nosso corpo inteiro, estamos cheios de fogo, como também tudo o que nos rodeia. Não é fácil tornar este fogo etéreo visível ao olho nu e produzir desse modo os mesmos efeitos na matéria combustível, que é produzida pelo fogo culinário? Deus não precisa mais que soltar essa cadeia secreta por meio da qual este agente irresistível está agora preso e acha-se aquiescente em cada partícula da matéria? E quão rápido a estrutura universal se partiria em pedaços e envolveria tudo em uma ruína comum!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Que Permanece



Para que as coisas que não são abaladas permaneçam. Hebreus 12.27

Temos muitas coisas em nossa possessão que podem ser abaladas. É tolice para o crente depender dessas coisas, visto que não existe nada estável neste mundo. Mas temos certas coisas que não podem ser abaladas. Se as coisas abaláveis fossem todas removidas, você poderia obter consolação das coisas inabaláveis, que permanecerão. Não importa quais tenham sido as suas perdas, você desfruta de uma salvação presente. Você permanece aos pés da cruz de Cristo, confiando nos méritos do precioso sangue de Jesus. Nenhuma subida ou queda dos mercados pode interferir na salvação que você possui em Cristo. Nenhuma falência e nenhuma ruína financeira podem tocar nessa salvação. Você é um filho de Deus. Nenhuma mudança de circunstâncias pode roubar-lhe a salvação. Se você for despojado de muitos bens e cair em pobreza, pode afirmar: "Deus ainda é meu Pai. Na casa de meu Pai há muitas moradas; portanto, não ficarei perturbado". Outra bênção permanente é o amor de Jesus Cristo. Aquele que é Deus e homem o ama com todo o vigor de sua natureza afetiva, e nada pode alterar isso. Nada deste mundo inquieta o homem, que pode cantar: "O meu amado é meu, e eu sou dele" (Cântico dos Cânticos 2.16). Não podemos perder nossa herança mais valiosa. Sempre que os problemas surgirem, permaneçamos firmes. Mostremos que não somos criancinhas que se abalam por aquilo que acontece nesta época fugaz. Nossa pátria é a terra de Emanuel, e nossa esperança está além do céu. Portanto, calmos como o oceano no verão, veremos a destruição de todas as coisas da terra e ainda nos regozijaremos no Deus de nossa salvação.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Oh! Opróbio da Humanidade




Nunca houve alguma criatura tão perversa como o homem. As próprias bestas são melhores do que ele, porque o homem tem os piores atributos delas e nenhum dos seus melhores. Ele tem a ferocidade do leão sem sua nobreza; tem a teimosia de um asno sem sua paciência; tem toda a gula devoradora de um lobo, sem a sabedoria de evitar as armadilhas. Ele é um abutre ávido por cadáver, porém nunca está satisfeito; ele é a própria serpente com o veneno de áspide debaixo de sua língua, porém expele seu veneno tanto perto como longe. Ah, se você julgasse a natureza humana por sua forma de tratar a Deus, verdadeiramente reconheceria que é demasiada má para poder ser remendada, e que é necessário ser feita de novo. Novamente, há outro aspecto sobre o qual podemos considerar a malignidade da natureza humana: o seu orgulho. Está é a própria frase que demonstra a maldade do homem - que ele é tão orgulhoso. Amado, o orgulho está entrelaçado na própria trama e urdume de nossa natureza, e não nos desfaremos dele até que sejamos envoltos em nosso sudário. É surpreendente que quando estamos em nossas orações - quando tentamos fazer uso de expressões humildes, somos denunciados pelo orgulho. Me aconteceu isto outro dia, quando me encontrava de joelhos, fazendo uso de uma expressão como esta: "Oh Senhor, me aflijo diante de Ti; oxalá não tivesse sido tão pecador como tenho sido. Oh, se nunca me revoltasse e rebelasse como tenho feito". Aí estava o orgulho; porque, quem sou eu? Por que me lamentava? Eu deveria saber que eu era tão pecador que não era anormal ter me extraviado anteriormente. A maravilha era que eu não tinha chegado a ser tão mal devido a Deus, e não devido a mim mesmo. De forma que quando tentamos ser humildes, podemos estar imprudentemente precipitando no orgulho. Que coisa estranha é o ver um tão culpado e miserável pecador orgulhoso de sua moralidade!; e apesar disto, é algo que encontramos todos os dias. Um homem que é um inimigo de Deus, orgulhoso de sua honestidade, e não obstante roubando a Deus; um homem orgulhoso de sua castidade, e todavia se olhamos para os seus pensamentos, eles estão cheios de lascívia e impureza; um homem orgulhoso do louvor de seus companheiros, enquanto ele próprio é censurado por sua consciência e pelo Deus Todo-Poderoso. É uma coisa espantosa e estranha pensar que o homem possa ser orgulhoso, quando ele não tem nada de que se ufanar. Um pedaço de barro vivo e animado - poluído e corrompido, um inferno vivente, e contudo orgulhoso. Eu, um filho bastardo daquele que roubara o jardim de ouro de seu Mestre, daquele que se desviou e não quis ser obediente; daquele que desprezou tudo quanto tinha pelo vil valor de uma maça !; e ainda assim orgulhoso de minha ancestralidade ! Eu, que vivo da caridade diária de Deus, orgulho de minha riqueza, quando não tenho um centavo para me abençoar, a menos que Deus decida dá-lo a mim ! Eu, que vim nu a este mundo e nu sairei dele ! Eu, orgulhoso de minhas riquezas - que coisa estranha ! Eu, um novato selvagem, um ignorante que nada sabe, orgulhoso de minha sabedoria ! Oh, que coisa estranha é que esse néscio chamado homem se entitule a si mesmo de doutor, e se faça mestre de todas as artes quando não o é de nenhuma, e é muito mais tolo quando crê que sua sabedoria alcançou o mais alto grau. E oh, o mais estranho de tudo é que este homem que tem um coração enganoso - cheio de todos os tipos de concupiscências, e adultério, idolatria, e luxuria, se atreva a dizer que é uma excelente pessoa, e que se ensoberbeça crendo que, porque reúne algumas boas qualidades, é digno da veneração de seus semelhantes, se não da consideração do Altíssimo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Amor Mais Forte que a Morte


Se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes.- João 18.8


O minha alma, observa o cuidado que Jesus manifestou, mesmo em sua hora de provação, para com as suas ovelhas! O amor que O dominava se mostrou forte até na morte. Ele se entregou ao inimigo, mas interpôs uma palavra de poder a fim de livrar seus discípulos. No que diz respeito a Ele mesmo, como uma ovelha diante de seus tosquiadores, Ele se manteve calado e não abriu a boca (ver Isaías 53.7). No entanto, por causa dos seus discípulos, o Senhor Jesus falou com energia poderosa. Isto é amor — constante, altruísta e fiel. Entretanto, neste versículo existe mais do que podemos ver a princípio. Não encontramos nestas palavras a própria alma e espírito da expiação? O Bom Pastor entrega a sua vida pelas ovelhas (ver João 10.11) e, por isso, suplica que elas possam ir em liberdade. O Fiador é preso; a justiça exige que vão embora aqueles em favor dos quais Ele é o Substituto. Em meio à servidão no Egito, a voz refine como uma palavra de poder: "Deixai ir estes" (ver Êxodo 9.1). Os redimidos têm de sair livres da escravidão ao pecado e a Satanás. Em cada cela da prisão do desespero, ecoa o som: "Deixai ir estes". Satanás ouve a voz bem conhecida e retira o pé do pescoço dos pecadores. A morte ouve a mesma voz, e o sepulcro abre suas portas, a fim de permitir que os mortos se levantem. O caminho dos redimidos é um caminho de progresso, santidade, triunfo e glória; e ninguém ousará impedi-los de avançar nesse caminho. "Ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele" (Isaías 35.9) "A corça da manhã" atraiu para si mesma os caçadores cruéis; agora, as corças mais tímidas do campo podem alimentar-se em paz entre os lírios do amor de seu Senhor. O furor da ira de Deus caiu sobre a cruz do Calvário, e os peregrinos de Sião nunca mais serão atingidos pelos raios da vingança. Venha e se regozije na imunidade que o Redentor lhe assegura e bendiga o nome dEle, neste dia e em todos os dias.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Chegue Até ao âmago da Palavra


Se temos pedido a orientação do Espírito Santo, segue-se que estaremos dispostos a usar todos os meios e ajudas para entendermos as Escrituras. Quando Filipe perguntou ao eunuco etíope se este entendia a profecia de Isaías, o eunuco respondeu: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?" Em seguida, Filipe subiu à carruagem e abriu-lhe a Palavra do Senhor. Alguns, sob o pretexto de estar sendo ensinados pelo Espírito Santo, se recusam a ser instruídos por livros ou por homens. Essa atitude não honra ao Espírito de Deus; pelo contrário, desrespeita-O, porque se Ele dá a alguns dos seus servos mais luz do que dá a outros — e é claro que Ele dá — esses estão obrigados a transmitir essa luz aos outros, e usá-la para o bem da igreja. Se, porém, o restante da igreja se recusa a receber essa luz, com que propósito o Espírito de Deus a deu? Nesse caso, haveria a sugestão de que há algum erro na dispensação dos dons e das graças, que é dirigida pelo Espírito Santo. Não pode ser assim. É do beneplácito do Senhor Jesus Cristo dar mais conhecimento e entendimento da sua Palavra a alguns dos seus servos do que a outros, e nossa parte é aceitar com alegria o conhecimento que Ele dá, da maneira que Ele quer dá-lo. Seria muita iniqüidade nossa dizermos: "Não queremos os tesouros celestiais que existem em vasos de barro. Se Deus nos der o tesouro celestial com a sua própria mão, nós o aceitaremos, mas não através de vasos de barro. Pensamos que somos suficientemente sábios, com mentalidade celestial, e muito espirituais para dar valor às jóias quando estão colocadas em vasos de barro. Não queremos ouvir a ninguém, e não queremos ler algo além da Bíblia, nem queremos aceitar alguma luz a não ser aquela que passa por uma fenda em nosso próprio telhado. Não queremos ver com a claridade da vela de outro; preferimos permanecer na escuridão". Irmãos, não caiamos em semelhante insensatez. Se a luz vier da parte de Deus, mesmo que seja trazida por uma criança, nós a aceitaremos com alegria. Se algum dos servos dEle, seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas, tiver recebido luz, eis que "todas as coisas são vossas, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus"; aceite, portanto, a luz que Deus acendeu, e peça graça suficiente para focalizar essa luz na Palavra, de modo que, ao lê-la, você possa entendê-la. Não quero dizer muito mais a respeito disso, mas gostaria de fazê-lo sentir essas verdades. Você tem a Bíblia em casa, eu sei; você não gostaria de ficar sem a Bíblia; e pensaria que é um pagão, se não a tivesse. Você tem a Bíblia e talvez ela seja muito bem encadernada, um exemplar de aparência excelente; as páginas não foram muito viradas nem gastas, e não correm tal risco, porque apenas saem aos domingos para tomar o ar, e durante o restante da semana ficam guardadas junto aos lenços perfumados de alfazema. Você não lê a Palavra, não a perscruta, e como poderá esperar que receberá a bênção divina? Se não vale a pena escavar para achar o ouro celestial, não há a probabilidade de descobri-lo. Várias vezes já lhe falei que escrutinar as Escrituras não é o caminho da salvação. O Senhor tem dito: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo". Mesmo assim, a leitura da Palavra freqüentemente leva, assim como o ouvir da Palavra, à fé, e a fé traz a salvação; porque a fé vem pelo ouvir, e a leitura é um tipo de ouvir. Enquanto você procura saber o que é o evangelho, pode ser do agrado de Deus abençoar a sua alma. Mas que quantidade inferior de leitura alguns de vocês dedicam às suas Bíblias! Não quero dizer nada que seja demasiadamente severo por não ser rigorosamente verdadeiro — que falem suas próprias consciências — mas não deixo de tomar a liberdade de perguntar: Não é verdade que muitos de vocês lêem a Bíblia de maneira muito apressada — só um pouquinho, e saem correndo? Alguns de vocês não se esquecem, pouco tempo depois, de tudo quanto leram, perdendo até mesmo o pouco efeito que parecia ter? Quão poucos de vocês estão resolutos no sentido de chegar até ao âmago da Palavra, ao seu suco, à sua vida, à sua essência, e a beber do seu significado! Se você não fizer assim, digo-lhe, de novo, que a sua leitura é leitura miserável, leitura morta, leitura sem proveito; não é leitura de modo algum, e até o nome de leitura seria impróprio. Que o Espírito Santo lhe dê arrependimento quanto a este assunto.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Deus Zeloso


O SENHOR é Deus zeloso. Naum 1.2 Ó crente, o seu Senhor é bastante zeloso em relação ao seu amor para com Ele. O Senhor o escolheu? Por isso, não pode suportar que você escolha outrem. O Senhor o comprou com o seu próprio sangue? Ele não pode suportar você que pense que pertence a si mesmo ou a este mundo. O Senhor o amou com um amor tão profundo que não ficaria no céu sem você. O Senhor não pode suportar que algo permaneça entre o amor de seu coração e Ele mesmo. Ele é muito zeloso de sua confiança nEle; não permitirá que você confie num braço de carne. Ele não suporta que você cave cisternas rotas, quando a fonte transbordante está sempre à sua disposição. E, quando transferimos nossa dependência para outro, quando contamos com nossa própria sabedoria ou com a sabedoria de um amigo — pior que tudo: quando confiamos nas coisas que fazemos — desagradamos o Senhor, que, por sua vez, nos disciplina, a fim de trazer-nos de volta a Si mesmo. O Senhor é também bastante zeloso em relação à nossa companhia. Não deve haver qualquer outra pessoa com quem conversamos mais do que com Jesus. Permanecer somente nEle — isto é verdadeiro amor. Mas ter comunhão com o mundo, encontrar consolo suficiente em nossas consolações carnais, preferir o convívio de nossos irmãos em Cristo à comunhão com Jesus — tudo isto equivale a entristecer nosso zeloso Senhor. O Senhor Jesus fica feliz quando permanecemos nEle e desfrutamos de constante comunhão com Ele. Muitas das provações que experimentamos removem o apego de nosso coração às pessoas e o fixa mais intimamente no Senhor. Este zelo, que trabalha para nos manter perto de Cristo, deve ser uma consolação para nós. Se Ele nos ama sobremaneira, a ponto de se preocupar deste modo com o nosso amor, podemos ter certeza de que Ele não permitirá que coisa alguma nos prejudique e nos protegerá do mal de nossos inimigos. Oh! que tenhamos graça, neste dia, para manter nosso coração em sagrada castidade tão-somente para o nosso Amado, fechando os nossos olhos, com zelo santo, para as fascinações do mundo!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pesados Pela Palavra


É bom que nos pesemos freqüentemente na balança da Palavra de Deus: “Pesado fostes na balança e achado em falta”(Dn 5.27). Você pode descobri que ler, a cada dia, um dos salmos de Davi é um exercício santificador. Enquanto medita em cada versículo, pergunte: “Eu posso dizer isto? Tenho os mesmos sentimentos que Davi? Meu coração tem sido quebrantado por causa do pecado, assim como o de Davi, quando ele escreveu seus salmos de arrependimento? Na hora da aflição, minha alma tem estado cheira de verdadeira confiança assim como a dele, quando contou sobre as misericórdias de Deus na caverna de Adulão ou em Em-Gedi? Eu tomo o cálice da Salvação e invoco o nome do Senhor?” Enquanto você lê a Palavra de Deus, pergunte a si mesmo o quanto está conformado a semelhança de Cristo. Esforce-se para descobrir se possui a humildade, a ternura e o espírito de amabilidade que o Senhor Jesus demonstrou freqüentemente. Depois, leias as epístolas, a fim de perceber até que ponto você pode se identificar com o apóstolo Paulo no que ele disse a respeito de sua experiência. Você já clamou, como fez o apóstolo: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?” (Rm 7.24). Você já teve o senso de humilhação própria? Você tem visto a si mesmo como o principal dos pecadores e o menor de todos os santos? Você pode se unir ao apóstolo Paulo e dizer: Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fl 1.21)? Se lermos a Palavra de Deus, como um teste de nossa condição espiritual, teremos boas razões para dizer: “Senhor, eu sinto que nunca estive aqui antes. Oh, traze-me para cá! Dá-me verdadeiramente arrependimento, tal como este sobre o qual li. Dá-me fé genuína, zelo ardente e amor fervoroso. Concede-me a graça da humildade. Torna-me mais semelhante a Jesus. Nunca permitas que eu seja encontrado em falta, quando pesado na balança do santuário, para que assim não seja encontrado nas balanças do Juízo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ele Nos Amou Primeiro


Não existe outra luz neste mundo, exceto aquela que procede do sol; também não existe, no coração, verdadeiro amor para com Jesus, senão aquele amor que vem dEle mesmo: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). Esta é uma verdade inalterável: nós amamos a Deus tão-somente porque Ele nos amou primeiro. Nosso amor para com Ele é o belíssimo fruto do amor dEle para conosco. Qualquer pessoa pode sentir uma admiração fria ao estudar as obras de Deus. A chama do amor só poder ser acendida no coração por meio do Espírito Santo de Deus. Que maravilha é, pessoas como nós, serem levadas a amar Jesus! Quão maravilhoso é o fato de que, embora tenhamos nos rebelado contra Deus, Ele nos buscou e nos atraiu de volta por meio de uma demonstração de amor tão admirável. Nunca teríamos o menor grau de amor para com Deus, se este amor não tivesse sido implantado em nosso coração por meio da agradável semente de seu amor para conosco. Portanto, o amor tem com seu progenitor o amor de Deus derramado em nosso coração. Mas, depois de haver sido gerado por Deus, esse amor precisa ser nutrido por Ele. O amor é uma planta exótica, não florescerá naturalmente no coração humano. Tem de ser regada do céu. O amor para com Jesus é uma flor de natureza delicada. Se recebesse apenas a nutrição que pode ser extraída da tocha de nosso coração, logo pereceria. Mas, visto que o amor procede do céu, ele tem de ser nutrido pelo pão celestial. Ele não pode existir no deserto, a menos que seja nutrido pelo maná que vem do alto. O amor tem de se alimentar de amor. A alma e a vida de nosso amor para com Deus é o amor dEle para conosco. Eu te amo, Jesus, mas não com meu amor, Pois não tenho amor para Te dar; Eu Te amo, Senhor, mas todo o amor é teu. Eu vivo, Senhor, para Te amar. Sou como nada e me alegro em dizer: Sou vazio, perdido e mergulhado em teu Ser.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Renova em Mim um Espírito Reto


Renova dentro de mim um espírito inabalável. (Sl 51.10)


Um crente que caiu em pecado, se há resquício de vida nele, gemerá por restauração. Esta restauração exige a mesma atividade da graça manifestada na conversão. Naquela ocasião, precisávamos de arrependimento; na restauração, o arrependimento certamente é necessário. Na conversão, precisávamos de fé, a fim de que pudéssemos ir a Cristo; na restauração, somente a mesma fé pode nos trazer de volta ao Senhor Jesus. Na conversão, queríamos uma palavra do Altíssimo, dos lábios do Amado, para acabar com nossos temores; logo descobriremos que, estando agora sob o sentimento de pecado presente, precisamos da mesma palavra. Nenhum homem pode ser renovado sem uma manifestação do poder do Espírito Santo, uma manifestação tão verdadeira e autêntica como a que ele teve na conversão, porque a renovação é uma obra poderosa, e a carne e o sangue estão tão envolvidos agora como sempre estiveram. Ó Crente, permita que sua fraqueza pessoal seja um argumento para fazê-lo orar sinceramente a seu Deus, suplicando-Lhe ajuda. Lembre-se: quando Davi se sentiu incapaz, ele não cruzou os braços nem calou a boca; ao invés disto dirigiu-se apressadamente ao trono da graça e clamou: "Renova dentro de mim um espírito inabalável" (Salmos 51.10). Não permita que lhe faça dormir, a doutrina que afirma ser você, desamparado, incapaz de agir; mas, faça com que este versículo se torne um lema a impulsioná-lo, com extraordinária prontidão, a buscar o grande Ajudador de Israel. "Senhor, renova dentro de mim um espírito inabalável". Aquele que ora sinceramente a Deus, pedindo-Lhe que faça isso, provará sua honestidade por utilizar os meios pelos quais Deus age. Gaste muito tempo em oração. Viva na Palavra de Deus. Mortifique as concupiscência que o afastam do Senhor. Tenha o cuidado de manter-se em vigilância contra futuras manifestações do pecado. Assente-se à beira do caminho e prepare-se para quando o Senhor Jesus passar. Reconheça que todo o poder tem de vir do Senhor Jesus; não cesse de clamar: "Renova dentro de mim um espírito inabalável".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mantenha o Fogo Aceso


O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.(Levítico 6.13)

Mantenha o altar da oração particular sempre aceso. Isto é a própria vida da piedade genuína. O santuário e altares da família tomam daqui, o seu fogo; portanto, que este esteja bem aceso. A devoção particular é a essência, a evidência e o barômetro da religião vital e prática. Neste altar, queime a gordura dos seus sacrifícios. Se possível, permita que seus momentos de oração particular sejam regulares, freqüentes e imperturbáveis. A oração eficaz é muito valiosa. Você não tem assuntos em favor dos quais deve orar? Quero sugerir-lhe a igreja, o ministério, a sua própria alma, seus filhos, seus parentes, seus vizinhos, sua pátria, a causa de Deus e a verdade em todo o mundo. Devemos examinar a nós mesmos quanto a este importante assunto. Engajamo-nos em oração particular com indiferença? O fogo da devoção privada está ardendo com pouca intensidade em nosso coração? As rodas da carruagem arrastam-se pesadamente? Se isto é verdade, acautele-se: é um sinal de decadência. Sigamos em pranto e pecamos a Deus um espírito de graça e de súplica. Separemos momentos especiais para oração extraordinária. Pois, se as cinzas da conformidade com o mundo abafarem este fogo, o fogo do altar da família será ofuscado e a nossa influência tanto no mundo como na igreja será diminuída. Este versículo também se aplica ao altar do coração. Este é realmente um altar de ouro. Deus aprecia ver o coração de seus filhos ardendo para com Ele mesmo. Ofereçamos a Deus nosso coração, ardendo de amor e sedento por sua graça, a fim de que o fogo nunca se apague. O fogo não arderá continuamente, se o Senhor não o preservar aceso. Muitos adversários tentarão extingui-lo, mas se a mão invisível entornar nele o óleo sagrado, ele queimará mais alto e mais alto. Usemos as Escrituras para ser o combustível do fogo de nosso coração; elas são brasas vivas. Ouçamos sermões, mas, acima de tudo, permaneçamos muito tempo a sós com Jesus.