Se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes.- João 18.8
O minha alma, observa o cuidado que Jesus manifestou, mesmo em sua hora de provação, para com as suas ovelhas! O amor que O dominava se mostrou forte até na morte. Ele se entregou ao inimigo, mas interpôs uma palavra de poder a fim de livrar seus discípulos. No que diz respeito a Ele mesmo, como uma ovelha diante de seus tosquiadores, Ele se manteve calado e não abriu a boca (ver Isaías 53.7). No entanto, por causa dos seus discípulos, o Senhor Jesus falou com energia poderosa. Isto é amor — constante, altruísta e fiel. Entretanto, neste versículo existe mais do que podemos ver a princípio. Não encontramos nestas palavras a própria alma e espírito da expiação? O Bom Pastor entrega a sua vida pelas ovelhas (ver João 10.11) e, por isso, suplica que elas possam ir em liberdade. O Fiador é preso; a justiça exige que vão embora aqueles em favor dos quais Ele é o Substituto. Em meio à servidão no Egito, a voz refine como uma palavra de poder: "Deixai ir estes" (ver Êxodo 9.1). Os redimidos têm de sair livres da escravidão ao pecado e a Satanás. Em cada cela da prisão do desespero, ecoa o som: "Deixai ir estes". Satanás ouve a voz bem conhecida e retira o pé do pescoço dos pecadores. A morte ouve a mesma voz, e o sepulcro abre suas portas, a fim de permitir que os mortos se levantem. O caminho dos redimidos é um caminho de progresso, santidade, triunfo e glória; e ninguém ousará impedi-los de avançar nesse caminho. "Ali não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele" (Isaías 35.9) "A corça da manhã" atraiu para si mesma os caçadores cruéis; agora, as corças mais tímidas do campo podem alimentar-se em paz entre os lírios do amor de seu Senhor. O furor da ira de Deus caiu sobre a cruz do Calvário, e os peregrinos de Sião nunca mais serão atingidos pelos raios da vingança. Venha e se regozije na imunidade que o Redentor lhe assegura e bendiga o nome dEle, neste dia e em todos os dias.
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